Escrevi um artigo que, me disseram, não poderia ter sido escrito por mim.
Entendi que eu passarei a vida a escrever artigos que não poderiam ter sido escritos por mim.
Não só artigos.
Mais que isso.
Passarei a vida a escrever poemas que nunca poderiam ter sido escritos por mim.
Não só poemas.
Passarei a vida a dizer coisas que nunca poderiam ter sido ditas por mim.
Mais ainda.
Passarei a vida a fazer coisas que jamais poderiam ter sido feitas por mim.
Depois,
existirei como nunca poderia ter existido.
Ao impossível,
serei qualquer coisa que nunca poderia ser considerado eu mesmo.
Depois de depois do impossível,
viverei o que nunca poderia ter sido vivido por mim;
amarei o que nunca poderia ter sido amado por mim;
sentirei o que nunca poderia ter feito sentido pra mim.
eu...
...inexisto,
desexisto
e re-existo.
Eu insisto.
a palavra é o mundo em miniatura, um silêncio que aparece. as palavras são sementes de sentido.
sábado, 27 de junho de 2009
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4 comentários:
Muito bom, mas acho que não foi você quem escreveu!
A vida não é mais questão de sobrevivência, é de insistência, ou seria resiliência?
omg! que coisa linda. eu me encanto pelas tuas palavras! =}
É o preço de ser poeta, de ousar na linguagem divina, quem manda ser evoluído??? rsrsrsrsrs
Perfeeeeito!
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