domingo, 3 de outubro de 2010

Toda canção é um pedaço da eternidade.

Sobre encontros e desencontros

São coisas que nos perseguirão durante toda a nossa vida:
os meus sonhos...
...os seus desejos...

domingo, 12 de setembro de 2010

"De que vivemos morrendo?" Pergunta o jovem ao pai.
Ao que o poeta responde "De retórica, meu filho! de retórica!"

quinta-feira, 8 de julho de 2010

continuo cavando buracos em mim
a ver se me acho

sexta-feira, 2 de julho de 2010

...hoje eu aparo
lágrimas de passado...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Hoje de manhã cedinho




Embaixo da janela do meu quarto
tem um passarinho engaiolado
que traz o sol no bico afinado.

sábado, 12 de junho de 2010

tautologia

Ontem,
descobri que sou feito de amanhãs.

Hoje,
descobri que sou feito de ontens.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Eu espelho

Eu estou longe,
onde não consigo ver.
Longe de ser novo.
Longe de ser outro.

A imagem é a mesma,
no espelho,
eu vejo, eu ouço.

Repito gestos milenares
como quem não tem controle
do que sou ou do que faço,
como quem ainda não existe,
como quem ainda não deu um passo.

Estou antes de existir, contudo.
Antes de antes de existir o mundo.

Pressinto a vergonha de minha mãe virgem
a brincar e boneca,
antes de sonhar que eu pudesse
algum dia, quem sabe, talvez, vir ter com ela aqui.

Eu sou longe, antes, muito antes...

Sou marca velha e apodrecida
de pegada antiga
(esmagamento de alma).

Estou longe de ser novo.
Longe, longe de ser outro.

E eu que sonho em destruir as estradas e construir pontes, Uirá,
caminho pelo caminho pisado,
tantas vezes,
que já nem existe mais,
é um buraco.

Em mim, a existência arranhada
dos vinis engasgados.
Em mim o gesto gago,
entalado na mesma sílaba.

Continuo tropeçando no mesmo passo
tantas vezes ensaiado.

Estou longe de ser novo.

Lágrimas que eu chorei
bebem-nas meu filho.
Gritos que ouvi,
engolem-nos meu filho.
O vazio que me possui
devasta meu filho.

Protejam-no de mim,
por Deus,
que estou louco.

EternaMente enlouquecido.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Saudade, saudade serena
daquelas que a gente não chora
não lembra, não volta
só quer estar perto
de que a gente gosta,
agora.

Saudade, saudade serena,
que chega e maltrata
porque a gente lembra que é longe
e constata que o longe é a gente que inventa
e não pára
de ir.

Meu vício é a estrada...

domingo, 30 de maio de 2010

Exausto

A beleza
às vezes
é um vício
que me exaure.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

a saudade é o amor chamando

segunda-feira, 19 de abril de 2010

a beleza sempre me assalta...
e o pior, às vezes, no meio da noite.

terça-feira, 13 de abril de 2010


óóóóóiiii!!!! Quem mandou?! Fazer mestrado e ter filhos dá nisso aí ó! rsrs
E sabe que horas eram? 4 da manhã. Risos

segunda-feira, 12 de abril de 2010

o que eu acho uma puta duma injustiça
é que todo filho da puta
é filho de uma mãe!!!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A asa de uma ave é órgão de propulsão e não de manipulação.
Deveria ser vista mais como uma perna e não como uma mão.
O que distingue o homem é a mão, o instrumento com que perpetra toda sua maldade.

(George Orwell, A revolução dos bichos)
O que fazer quando ao invés de educar um homem para si mesmo se quer educá-los para os outros?

Rousseau, Emílio ou Da educação
O dom nos ajuda a voltar para a luz.
"Mas era justamente o fraco que deveria saber ser forte e partir, quando o forte é fraco demais para poder ofender o fraco"

Milan Kundera, A insustentável leveza do ser
"Em trabalhos práticos de física, qualquer aluno pode fazer experimentos para verificar a exatidão de uma hipótese científica. Mas o homem, porque não tem senão uma vida, não tem nenhuma possibilidade de verificar a hipótese através de experimentos, de maneira que não saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a um sentimento"

Milan Kundera, A insustentável leveza do ser
"Se o amor não é tudo, não é nada"

(Salman Rushdie, O último suspiro do mouro)
Nas praias do Rio Grande do Norte, poeta é sinônimo de bicho-de-pé. "Estou aqui vendo se tiro esse poeta", respondeu um pescador a Henrique Castriciano que lhe perguntara porque estava escavando os dedos com uma ponta-de-faca.

(Luis da Câmara Cascudo, prefácio de Geografia dos Mitos Brasileiros)

quarta-feira, 31 de março de 2010

a mulher
é um poema em carne e osso

terça-feira, 30 de março de 2010

"Saia de casa
e veja como está o tempo.
Entre em casa
e veja como está o outro"

(sorte de um biscoito chinês)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Diálogos de João, mais um

Folheando meus livros encontrei uma anotação a lápis já perdendo a cor de um episódio esquecido dos Diálogos de João. Na época ele devia ter pouco mais de 3 anos.

- João, o que é que a gente faz na sala de leitura?
- Leite.